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Entrevista com a personal organizer: Eliana Marta Seraphim

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Nāo conheço ainda a entrevistada de hoje pessoalmente, mas irei conhecer. Ela é profissional de organizaçāo e autora do livro: A Arte da Organizaçāo - Do Concreto ao Abstrato. Gostei logo de cara quando vi a capa do livro (em breve resenha), organizaçāo é sim uma arte e a Elaine que é professora soube descrever muito bem sobre essa arte em seu livro. Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre a sua trajetória, espero que gostem. 

 

Eliana Marta Seraphim é professora, mestre em educação, que atuou em todos os elos da cadeia de valor da educação - desde a regência em sala de aula, à gestão de projetos e unidades educacionais, do ensino básico ao superior. Em todas as atividades profissionais a organização sempre teve presença destacada, o que a levou a dedicar este momento de sua vida profissional à educação de pessoas para a organização pessoal. Ela deseja levar a organização, através da educação, a todos, para que possamos compartilhar um mundo melhor!

 

1. Kalinka: O que é um  Personal  Organizer?

Eliana: Na minha definição, um PO é um profissional ainda não habilitado (nāo reconhecido e regulamentado), que utiliza métodos e técnicas que ajudam pessoas a encontrar a melhor forma de arrumar seus objetos, no espaço disponível, atingindo a  harmonia, equilíbrio, sensação de paz e bem estar que a organização proporciona.

 

 

2. Kalinka: Como funciona o trabalho de um Personal Organizer?

Eliana: Depende do nicho em  que atua. Há PO's que atuam na casa como um todo; há aqueles que são especialistas em um determinado cômodo; há os que organizam a vida digital e a documentação; há os especialistas em mudanças, entre outras modalidades e há os que, como eu, cuidam da parte educacional compartilhando conteúdos relevantes para o desenvolvimento de todos.

 

 

3. Kalinka: Quem são as pessoas que precisam de um Personal Organizer?

Eliana: Todas as que ainda não conseguem sozinhas produzir um ambiente onde encontrem o equilíbrio e a harmonia, gerando o seu bem estar.

 

 

4. Kalinka: Há quanto tempo você trabalha como Personal Organizer?  Por que resolveu ser Personal Organizer? O que mais gosta de organizar? 

Eliana: Minha trajetória é curiosa porque não acho que decidi ser PO e a organização sempre esteve em mim, portanto, para mim é muito natural ser organizada. A organização começa pela minha própria origem profissional - sou professora de formação e,  além da docência, pela minha organização pessoal e em sala de aula, rapidamente fui convidada a ocupar cargos administrativos de coordenação e direção. Portanto, o que mais gosto de organizar é papel e conhecimento.

Sempre gostei de tudo organizado e li tudo o que tive acesso sobre o tema, até então, os livros de escritoras americanas. No Brasil, o que mais se aproximava desse tipo de literatura era "Sebastiana Quebra-Galho", de Nenzinha Machado Salles (34ª edição em 2002), "Dona Benta" (76ª edição em 2007) e o primeiro de todos, "Receitas do Meu Lar", de Sinhá Cecy (esse nem tem ficha catalográfica), mas minha mãe ganhou a 9ª edição em 1961 e eu ainda não era nascida!). Esse livro, em especial, no capítulo sobre Conselhos Úteis, fala sobre reaproveitamento de comida, manchas em roupas, queimaduras na pele, aparelhos e utensílios de cozinha, entre outras dicas. Imagino o quanto foi moderno e ensinou muitas gerações.

 

 

5. Kalinka: O que é necessário para se tornar um Personal Organizer?

Eliana: É necessário 1% de inspiração e 99% de transpiração. A necessidade de evoluir, o desejo de ajudar outras pessoas a evoluírem também e então capacitar-se através de cursos, livros, encontros, conferências, artigos e fazer, fazer e fazer, pois só se aprende uma habilidade fazendo. Concluindo, muito treino, pois só se aprende a fazer fazendo!

Fonte: Arquivo Pessoal

 

 

6. Kalinka: Onde atua o Personal Organizer? Há mercado para a profissão? Como é cobrado o valor?

Eliana: Basicamente o PO atua organizando a casa e/ou seus cômodos. É muito comum o profissional se especializar em nichos. O mercado vem crescendo e adquirindo importância social. Prevejo um aumento de profissionais que migrarão de suas atuais ocupações e irão dedicar-se à organização como um segundo momento de suas carreiras e, em um futuro próximo, jovens que na sua inserção no mercado de trabalho, já farão a opção direta pela Organização. Em relação à cobrança, vejo diversos formatos de monetização, mas , no Brasil, me parece que o mais usual é o projeto com preço fechado.

 

 

7. Kalinka: Cite três coisas boas e três ruins de ser um Personal Organizer?

Eliana: 

Boas:

. Receber o retorno positivo do cliente, do quanto a organização melhorou a sua vida;

. No término do trabalho, ver que o produto final, a Organização, aconteceu;

. Proporcionar bem estar  às clientes e às suas famílias e empoderá-las,  gerando a crença de que elas são capazes de manter a Organização.

Ruim:

. Nunca mais ser socialmente  convidada para ir na casa de amigos e familiares bagunceiros, pois temem que você irá julga-los;

. Durante a execução de um projeto se deparar com algo muito estranho à sua cultura;

. Ser contratada por pessoas que querem evoluir, querem a organização na sua vida, mas têm excesso de apego e quando você faz a visita de retorno, a qual estava no contrato, você percebe que 60% do que foi destralhado voltou de outra forma.

 

 

8. Kalinka: Dê alguma dica de organização ou conselho para nossos leitores:

Eliana: Siga o DLA que proponho em meu livro: A Arte da Organizaçāo - Do Concreto ao Abstrado e chamo de sequência de ouro, os passos são:

Destralhar - Limpar - Arrumar, o produto final é a Organização. Seguindo o DLA, a bagunça nunca mais acontecerá !!!

Fonte: Arquivo Pessoal

 

 

9. Kalinka: Indique algum produto de organização que acha essencial ter:

Eliana: Colmeias são imbatíveis.

 

 

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E-mail: eliana.m.seraphim@gmail.com

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